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Termo Definição
Naum
Glossários: Primeiro Testamento

Em hebraico: Nahum

Sétimo livro dos Profetas menores da seção profética da Bíblia. A única informação sobre Naum é que ele era elqoshita, mas Elqoch não é mencionado em lugar algum na Bíblia. Se tomamos por base o testemunho de suas pregações, ele veio do Sul do reino de Judá. O pano de fundo do livro de Naum é a destruição de Nínive pelos Babilônios e os Medos (612 a.C.), mas as opiniões dos pesquisadores divergem quanto à saber se as palavras contidas no livro foram pronunciadas antes, durante ou depois desse acontecimento. O livro de compõe de três capítulos e de quarenta e sete versículos. A designação “Oráculo sobre Nínive” do primeiro versículo é uma condenação profética típica e que diz respeito ao tipo das nações do mundo. Naum anuncia a uma cidade anônima (certamente Jerusalém) que o jugo “daquela que conspira contra o SENHOR” (a Assíria) vai acabar em breve.

A honra de Jerusalém voltará, mas Nínive será destruída como punição de sua brutalidade e de suas intrigas. Naum sugere ainda que uma inundação (do Rio Tigre) contribuirá eficazmente para a queda de Nínive (Cf. 2,7-9). Segundo a tradição Judaica, a profecia de Naum seguiu àquela de Jonas pois, no tempo de Jonas, o povo de Nínive se arrependeu e a cidade foi salva.

Livro de Naum
1,1 – 1,10 Vingança de Deus e punição.
1,11 – 2,3 Ameaças contra a Assíria e promessas a Judá.
2,4 – 2,14 Assalto de Nínive.
3,1 – 3,19 Saque de Nínive. 

Fontes consultadas: Dictionnaire Encyclopédique du Judaïsme – Paris: Bouquins Cerf/Robert Laffont, 1996, p. 721.

Noé
Glossários: Primeiro Testamento

Em Hebraico – Noah

Personagem da história do dilúvio. Noé, que viveu até à idade de novecentos e cinquenta anos, teve três filhos: Sem, Ham e Yafet. Numa época onde o resto do mundo havia se corrompido (Gn 6,12), Noé era a única pessoa que “caminhava com Deus” (Gn 6,9). A ele foi ordenado de construir uma arca e de nela fazer entrar sete casais de casa espécie dos animais puros e um de todas as outras espécies das criaturas vivas. No ano 700 de vida de Noé, Deus suscitou um dilúvio que durou quarenta dias e quarenta noites. Todos os seres vivos foram destruídos exceto aqueles que se encontravam na arca. As águas mantiveram seu mesmo nível durante cento e cinquenta dias e somente a partir desse dia começaram a baixar. Quarenta dias mais tarde, Noé lançou um corvo e depois uma pomba. A pomba enviada pela segunda vez retorna com uma folha de oliveira em seu bico, sinal que o topo das árvores estavam novamente acima do nível da água.

Quando Noé conseguiu enfim deixar a arca, ele construiu um altar e ofereceu a Deus animais puros. Deus oferece a Noé o arco-íris como sinal de aliança sob os termos de que nunca mais um dilúvio destruiria a terra toda inteira. Deus ofereceu igualmente a Noé uma série de mandamentos (as leis noéticas) consideradas pela tradição judaica como as leis universais que deveriam reger a humanidade. Mais tarde, tendo plantado uma vinha, Noé bebeu do vinho e se embriagou. Seu filho Ham “descobriu sua nudez”. Quando ele recobrou sua sobriedade, Noé amaldiçoou Ham e seu filho Canaã. Na Genealogia bíblica dos Patriarcas indicada em Gn 5 e 11, Noé ocupa um lugar mediano entre Adão e Abraão; ele é o décimo dos patriarcas antes do dilúvio. Novamente o nome de Noé aparece em Ezequiel 14,14-20 que se refere a ele como um dos três justos da Antiguidade assim como Isaías (54,9) descreve o dilúvio como “as águas de Noé”.


Fonte consultada: Dictionnaire Encyclopédique du Judaïsme. Paris: Bouquins Cerf/Robert Laffont, 1996, p. 735-736.