Questão 29 - A Inquisição Espanhola

Questão 29 A Inquisição Espanhola

Em 1492, enquanto Colombo partia através do Atlântico, Fernando e Isabel emitiam o Édito Geral sobre a Expulsão dos Judeus de Aragão e Castela, cuja emissão tinha como desculpa o fato de os judeus estarem a desencaminharos cristãos-novos e a persuadi-los a seguir a sua antiga religião. Qualquer judeu que assim o desejasse podia ainda converter-se, em vez de ser expulso, e 50.000 fizeram-no. Os que partiram eram o dobro desse número: em 31 de julho de 1492, a data marcada para a expulsão total, não restava um único judeu professo em Espanha nem nos seus domínios.

Os 100.000 judeus que partiram tinham sido orientados por Don Isaac Abravanel. Ele, tal como muitos dos seus companheiros, fixou-se em Itália – primeiro em Nápoles e depois em Veneza, onde se tornou conselheiro do Doge. Outros escaparam para Portugal, na esperança de asilo. Os judeus residentes subornaram o rei João II ("O Perfeito") para que os deixasse ficar, mas ele consentiu na sua permanência por apenas oito meses. Quando o prazo terminou, chegaram barcos para levar alguns dos refugiados para as possessões portuguesas do ultramar, onde muitos morreram, de doenças tropicais. A maioria, no entanto, ficara em Portugal.

Wigoder, Geoffrey. Dictionnaire Encyclopédique du Judaïsme. Paris: Cerf, 2008. p. 621.

Com base nesse fragmento de texto, infere-se que a permanência de judeus em Espanha e Portugal 

A – era discutível apenas mediante a conversão "forçada" através do Batismo.

B – era defendida pelos Reis Fernando e Isabel que emitiam Editos para a sua permanência.

C – era aceitável, pois eles viviam integrados na sociedade e não apresentavam perigo algum para os cristãos.

D – era considerada imprópria, pois precisavam deles nas colônias além mar.

E – era desejada e defendida por Cristóvão Colombo nas suas expedições marítimas.


(Resposta da Questão anterior n° 28 – Alternativa correta letra “C”)