A HISTÓRIA DOS HEBREUS: OS PATRIARCAS: ABRAÃO, ISAAC E JACÓ
2 – Isaac
Depois da morte de Sarah, Abraão compra a caverna de Machpela em Hebron, lugar que se tornará depois a sepultura dos Patriarcas e das Matriarcas (Gn 23,17). Ele devia agora se ocupar do casamento de seu filho Isaac. E foi o servo do patriarca quem partiu para a Mesopotâmia para procurar a alma-gêmea de seu jovem mestre. Rebeca, irmã de Labão, foi escolhida por suas qualidades de hospitalidade e de amor ao estrangeiro (Gn 24). Ela se tornou a segunda matriarca. Após um longo período de esterilidade, ele dá à luz dois gêmeos: Esaú e Jacó (Gn 25). Diferentes eram no seu caráter e na sua ocupação – Esaú era um homem do campo e Jacó pastor – o mais velho recusou seu direito de primogenitura que implicava sobretudo nos deveres morais e de responsabilidades éticas, e preferiu vender isso ao seu irmão mais novo por um prato de lentilhas. Mais tarde, Esaú provou ser indiferente à mensagem de Abraão e casou com mulheres estrangeiras de Canaã, e introduziu o culto dos ídolos no interior da casa de seu pai, isso não somente rompia com as lições aprendidas de seus pais, mas também uma grave ofensa à memória de Abraão (Gn 26,34). Mas isso não o impedia de desejar ardentemente a bênção de seu pai.
O velho Isaac, cego e ingênuo em ver o mal, quis abençoar Esaú, mas Rebeca, mais lúcida e profetizando o futuro veste Jacó com as roupas de seu irmão. Jacó recebe assim a bênção, que lhe retornou como justiça (Gn 37). Constatando a trapaça feita, Isaac aceita a decisão de sua esposa como uma decisão divina, dizendo: "aquilo que a mulher quis, Deus quis".
