História dos Hebreus: Início e Desenvolvimento

4 – José

Jose encontrando seu Pai JacoRaquel morre trazendo ao mundo seu filho Benjamin e Jacó redobra todo seu amor sobre José, filho mais velho da pobre esposa defunta. Jacó manifesta publicamente seu amor a José oferecendo a ele uma especial túnica colorida. Mas isso provocará um grande ciúme da parte dos outros irmãos, ainda considerando que José acredita em sua superioridade sobre eles, pois sempre lhes contava seus sonhos de dominação. Então quando a ocasião se apresentou, seus irmãos o venderam a mercadores de escravos. José se encontra assim na terra do Egito (Gn 37).
"Após uma série de acontecimentos que o fizeram passar da prisão ao vice-reinado da maior civilização da época, José abandona sua arrogância de juventude para se tornar um homem sábio" [1], um profeta que acredita em Deus e se deixa conduzir segundo a ética de Abraão. Em seguida surge uma grande falta de alimentos em todo o Médio Oriente e por causa disso encontra novamente seus irmãos que vêm à procura de trigo, pois José tinha inteligentemente enchido depósitos dele para atravessar o período de fome, graças a sua inspiração profética. Após os ter provado sobre os seus sentimentos fraternos, pois eles saíram em defesa de Benjamin, ele lhes anuncia: "Eu sou José seu irmão", que quer dizer fiel na fraternidade (Gn 45,4). O ódio de antes se transformou em comoventes encontros.
O velho Jacó, que vivia num inferno moral depois do desaparecimento do seu querido filho, sentiu seu espírito reviver. Ele desceu então com os membros da sua família, 70 pessoas, para estabelecer-se no país de Goshen (próximo a Tanis) no delta do Rio Nilo, até que o tempo da fome passasse. "Para a tradição rabínica José possuía duas qualidades diferentes: sua fé na Divina Providência e sua atitude de viver como Judeu mesmo no meio de uma nação e de uma cultura estrangeiras".[2]