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Depois da morte de Moisés, Josué, seu fiel discípulo, lidera o povo e após atravessar o Rio Jordão, circuncida todos os homens nascidos no deserto, mostrando assim que esta conquista se inscrevia conforme e na continuidade das promessas feitas a Abraão.

Nesta época, o Egito, que até esse momento tinha governado na região, mostrava sinais de declínio, e os povos cananeus procuravam fazer alianças militares com as tribos do norte para se livrarem da ditadura dos faraós (Tábuas de Tell Amarna – 1400 a. C.). É dentro deste intenso movimento político e militar, característico desse período antigo, que Josué começa sua conquista[1]. Após a conquista da cidade de Jericó, os Hebreus ocuparão o Sul, o centro da região e depois o norte da terra, ajudados também pelos Hebreus que tinham permanecido na terra e que não tinham seguido Jacó[2].

Embora as cidades permanecessem nos mesmos locais, José permite que as tribos de Israel partilhem o território. Somente a tribo de Levi, consagrada ao serviço religioso, não recebeu nenhum pedaço da terra. Essa tribo sobrevivia graças ao imposto do dízimo, que o povo oferecia a partir das colheitas e do gado.

O Santuário ambulante no deserto, erguido sob a direção de Moisés, foi instalado na cidade de Silo, o único lugar do culto para os Hebreus. Era lá que os sacrifícios cotidianos eram oferecidos, e para lá também subiam as famílias três vezes por ano para as festas da Peregrinação. Josué começou a partir desse momento a organizar a vida política e religiosa da terra de Israel, tentando oferecer uma unidade a esse novo Estado de Doze Tribos, mas sua morte levou para mais longe esse objetivo. Ninguém tinha a autoridade para convocar a todas as tribos, "cada um fazia o que lhe parecia correto" (Jz 17,6).